Sou só uma coisa que trova.
Como uma abelha precisa da flor
Para produzir o mais doce mel
O meu coração precisa de amor
Pra poder admirar o azul do céu.
E pra dar um basta na tristeza
É só de amor que ele precisa
Poid diante de tamanha beleza
Ele sé torna uma coisa indecisa.
Misturando as horas do dia
E nem saba quando é noite
Tudo que ele vê vira poesia
Sonhando driblar o açoite.
Que essa distancia implanta
Como um maluco castigo
Que a quase tudo suplanta
Porque esquecer não consigo.
Sou só uma coisa que trova
Sem nada querer provar
Mas em cada poesia nova
É só dela que eu quero falar.