Envelope aéreo
Todo dia a mesma conversa
A casa da prima
O bar da esquina
São as horas extras no porto e no cais...
E quem leva a pior:
Sou eu que não faço perguntas
Porque não tenho o direito
Você impôs desse jeito
E como é que eu vou mudar
Se eu não mudo nada de lugar.
Na minha casa os meus filhos não são meus
Nem isso Deus me deu!...
Eu sou a cama,
Pra saciar sua gana.
O seu hálito de cana não me engana
Você bebeu...
Na rua você mostra aos seus amigos
Um retrato colorido
Que o tempo encarregou de amarelar.
Você volta para casa
Eu estou perto da cama...
Você para, me chama, me chama,
Eu estou morta!...
Letra e musica de Tony Bahia
Cantada pela cantora Joanna no "Movimento aberto de arte" onde sou um dos fundadores com talentos que estavam começando como a própria Joanna, Elymar Santos, Cauê Milfont, Fafy Siqueira, Sandra de Sá, entre outros. Os shows eram apresentados no " MAM "- Museu de Arte Moderna " RJ", final dos anos 70.
Cantada também por Elymar Santos, no Teatro da Praia - RJ - final dos anos 70.