Rodeio da Saudade (música sertaneja/baião)
RODEIO DA SAUDADE (música sertaneja/baião)
Onça que rezei no rasto
Só andou quando eu soltei
Burro xucro redomão
Com dois repassos domei
Mestiço correu no campo
Com meu laço eu pequei
Sempre fui bom boiadeiro
Tive fama e dinheiro
E as mulheres que sonhei...
Até que um dia eu conheci
A paixão da minha vida
Uma mulher envolvente
Companheira decidida
Passou a viver comigo
Nos rodeios dessa vida
Mas logo ela foi embora...
Eu chorando igual viola
E me entregando a bebida...
Deixei de ser boiadeiro
E nos rodeios eu já nem ia
Bebendo de bar em bar
Desse jeito eu vivia
Perdi todo meu dinheiro
E aos poucos eu morria
Mas o olhar de uma morena
Dessas que tem no cinema
Me tirou dessa agonia
Foi no brete da saudade
Que eu montei na solidão
Cortei de espora e chicote
Pra alegrar meu coração
Agora estou feliz
Pois já tenho outra paixão
Aquela mulher ingrata...
Que um dia quase me mata
Hoje implora meu perdão
Agora estou feliz e levo
a minha vida viajando
E nos rodeios da saudade
Eu sempre saio ganhando
Conheço o Brasil inteiro
E em cada palmo deste chão
Mulher, rodeio e viola
Se não presta eu vou embora
Pra outra festa de peão...
Barretos, Jaguariúna...
Mirassol e Cuiabá
Na bonita Campo Grande
Rio Brilhante e Corumbá
Saudades de uma morena
Que em Goiânia eu deixei
Flor bonita e formosa...
A mulher mais carinhosa,
Que pela ingrata troquei
Com este erro do passado
Meu coração foi pisado
Maior tombo que eu levei
(Composição: Evangelista F. De Lima)