SOS Lavapé

UNIDOS DO LAVAPÉ

Em 2004, o Bloco Unidos do Lavapé, antigo bloco ACECE, lança uma campanha para recuperação do Rio Lavapé, berço de nossa sede.

Por conta da conjuntura da época de sua fundação, Cavalcante sofreu, e ainda sofre, com a degradação de seus cursos de água; a falta de cuidado dos pastores, que deixam o gado pisotear suas nascentes sem proteção, aliou-se à ação de séculos de garimpo que acabaram com sua mata ciliar, e hoje ele é uma sombra do que foi no passado.

Com este enredo, queremos chamar a atenção da população e dos visitantes para sua agonia. O Prefeito e a Câmara já aprovaram a criação do Parque Municipal do Lavapé, que aguarda (ôôô, paciência) a liberação da verba para sua implantação, por parte do IBAMA, que há dois anos arrasta o processo, sem explicação.

Quem sabe esta canção não será um motivo para o IBAMA fazer logo o que tem que ser feito?

SOS Lavapé

Ensaboa lavadeira, bate a roupa, bate o pé

Vai lavar sua canseira no poço do Lavapé

Neste poço tem peixinhos, muita jia, lambari

E esperando os passarinhos também tem a sucuri

Onde nasceu Cavalcante, no córrego Lavapé

Ali chegou bandeirante, viu ouro, fincou o pé

Santana, serra imponente, protege nossa beleza

Alegria desta gente, presente da Natureza

Na cachoeira do amor, tem um poço encantado

Pelos Ava Canoeiros, santuário abençoado

Ensaboa lavadeira, bate a roupa, bate o pé

Vai lavar sua canseira no poço do Lavapé

Neste poço tem peixinhos, muita jia, lambari

E esperando os passarinhos também tem a sucuri

São cinco nascentes puras que formam este regato

Caminho de pedras duras cercado por muito mato

Quando chega a estiagem, fazendeiro inconsciente

Bota fogo no cerrado, prejudica toda gente

Sem pensar que o ecoturismo, o futuro da chapada

Depende principalmente, da terra bem conservada

Ensaboa lavadeira, bate a roupa, bate o pé

Vai lavar sua canseira no poço do Lavapé

Neste poço tem peixinhos, muita jia, lambari

E esperando os passarinhos também tem a sucuri

Berço de nossa gente, essa água tem rompante

Quem bebe de sua fonte, sempre volta a Cavalcante

Hoje ele está maltratado, volume diminuiu

Se a gente não tem cuidado, quando vê, água sumiu!

Por isso meu companheiro, enxuga logo este pranto

Vem correndo, vem ligeiro, vem salvar este recanto

Ensaboa lavadeira, bate a roupa, bate o pé

Vai lavar sua canseira no poço do Lavapé

Neste poço tem peixinhos, muita jia, lambari

E esperando os passarinhos também tem a sucuri

Pat Difusa
Enviado por Pat Difusa em 21/12/2006
Código do texto: T323967