Memórias

Desde que você mergulhou

Na linha do horizonte sem o meu amor

Partindo pro hemisfério da sorte

Ao norte da linha do equador

Meus olhos ficaram na poeira

De uma vida inteira à lutar em vão

Por um amor que no fundo eu já sabia

Que não passaria de paixão

O fogo desse teu olhar

Queima os resquícios de um tormento fugaz

O juízo final, uma espécie de castigo

Que faz tudo tornar-se banal

E eu mergulho na fantasia de que você não está longe de mim

Até que o sono bate, o dia amanhece e eu percebo que não é bem assim

As horas se arrastam no relógio

E eu contenho o ódio de não ter você

Continuo buscando o caminho, a hora certa

A maneira certa pra dizer

Que o que queimam nos seus pensamentos

São os sentimentos que um dia guardei

Em um coração pobre, mas do jeito mais nobre

Que um pobre poderia fazer

A madrugada sempre é tão fria

Desde aquele dia em que ecoa o adeus

Na solidão desse quarto, me acompanham as estrelas

E as memórias do que se perdeu...

Alex Fernando
Enviado por Alex Fernando em 22/09/2011
Reeditado em 22/09/2011
Código do texto: T3235422
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