AFLUENTE DO AMOR
Um rio sereno
Que em meu chão passou
De aguas pardas e fartas
E que por molhar, pecou.
Afluente do amor
De um coração abortado
Que em mar dúbio desagua
E fica com o leito pardo
Cacheira no mar
Cascata de muitas aguas
Cacimba rasa a jorrar
Pingos de amor e de mágua
O meu coração desagua
Regando assim teu pomar
Rosas vermelhas se abrem
Perfumes vão exalar
É infinito sonhar
É infinito demais
Que bom pudesse molhar
Do mundo todos os quintais..