Sede e Fome

Terra que se faz de terra

Corpo que ali pousar

Vira terra só registra guerra

Nada daqui vou levar

Porque alimantar a fome

Porque rei o curso

Rio vai desviar

Vai correr pouco tempo

Água doce pinga em mar

Mar da natureza humana

Cheia de tubarão voraz

Água doce tão finita

vaporiza o novo e vai voltar

Esse é o ciclo da finita vida

Até ao chão baixar

Pode preferir cinzas nítidas

Ou sepultura impar

A alma vai lembrar da fome

Que a muitos fez passar

O poder vai transferir recurso

No inferno vai chorar