ODE AO LUAR
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Nos meus versos desconexos
desprovidos de poesia,
feito tolo ao ver o ouro
tento sempre outra vez
entender filosofia.
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Eu serei transcendental
anarquizando a profecia,
associando a alternativa
como um carpinteiro universal,
metamorfoseando, vagueando,
como uma mosca colossal.
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Maluco sou, nem tão beleza,
mas sou mais um a reclamar,
eu tenho medo dessa chuva,
pois, a vovó também me disse
que a contramão é perigosa
e posso até me machucar.
.
O All-Capone se danou
pois encontrou o carimbador
Pedro Maluco que viajou
no trem das sete,
pras minas de Salomão.
.
Conheceu a pedra do Gênesis
há dez mil anos atrás,
e foi além, foi muito mais
para atingir a multidão,
virou cachorro urubu,
com uma dentadura postiça,
comeu capim guiné.
.
Foi aí que resolveu fazer check-up
na sessão das dez,
paranoico ligou de DDI
pedindo S.O.S e por aqui
então chegou como um Cowboy
fora da lei.
Foi visitar a igreja do pastor João,
só não quis se confessar,
e quando gritou abre-te Sésamo,
então nesse momento, a terra parou.
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Marçal Filho/Saulo Campos