NA TERRA DA GAROA, EU QUERO É SAMBAR
Nas tardes frias em São Paulo
O frio é de rachar,é muito frio seu moço, não seu se você vai aguentar
Eu vou encarar uma pinga, pra poder suportar
Eu estou, estou afim de sambar.
Essa fina garoa logo vai passar
Não é esse frio que vai me impedir de sambar
Eu danço samba em qualquer lugar.
Vou lá no Bexiga, vê com é que estar
Saber se no fim da tarde, o samba vai rolar
Por lá tem muitas mulatas, são de arrepiar
Ao som de um cavaquinho elas vão requebrar.
Eu vou, e você vai, vamos ao Vai-Vai cantar
Quero vê se a negra Alaíde, ainda dança por lá
Vou cantar um samba antigo, toda á escola vai lembrar
A velha-guarda comigo, vai entoar
Vai-Vai meu Bexiga,hoje o samba está no ar.
E se o samba não rolar, não esquente não
Nós vamos a pé, até á Avenida São João
Eu já tomei uma decisão,de táxi ônibus ou metrô
Hoje dançamos samba até na Vila Carrão.
Nós vamos sambar parceiro, com certeza bote fé
Me falaram que rola um pagode, pras banda do Tatuapé.
Se depois de tudo isso, nada se confirmar
Voltamos ao Bexiga, no café concerto vou parar
Ouvir, blues jazz e merengue,sentindo a madrugada chegar.