PERIGOSAMENTE

Perigosamente estou seguro

Mas eu não quero ser um sem censura

As vezes eu não sei por que

De onde vem, pra onde vai e não se vê

As novas artes do amor

me fez pensar mais em amor

E eu não quero me esconder

Espero um não sei o que

As vezes um amor tão mal,

As vezes um amor normal

Que mata a minha espera,

Espera o que não era e se esconde no final

Olhai meu vasto amor

há dias que não sei quem sou

Matuto o meu engenho

E não tenho medo de mudar.

Eu me mantenho afinal

não se perde o que não tem

E não me ponho ao seu dispor

Então me esquivo do amor

E continuo andando pra evitar

Que eu possa me jogar em alto mar

Mas não me queira mal minha alma é imortal

Desgosto o que não gosto,

Contrasto o que eu não trago

E não tenho nada mais.

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Composição inspirada em um dos sonetos da Lírica de CAMÕES. Extraído do 16º disco de composições de Tiago Henrique: Dinheiro (2008)