SAMBA DO ALZHEIMER

Minha mania de ser tão distraído

É caso sério carecendo internação

Mas só de olhar o pessoal da ambulância

Corro e me escondo por ter medo de injeção.

Esse Alzheimer entra de sola no meu samba

A saideira será sempre a que virá

Sempre esqueço do que marquei com minha nega

No meu barraco hoje o bicho vai pegar.

Da falação sei que não tenho escapatória

Pois sempre culpo o alemão do esquecimento

E assim sendo, vou repetindo a ladainha

Essa mania só traz mais aborrecimento.

A nega fala e fico mudo assobiando

De vez em quando invento até cantarolar

E o quebra pau só termina em noite alta

Quando ela dorme nos meus braços a soluçar.

Marçal Filho e Música de Chico Geraes
Enviado por Marçal Filho em 15/07/2011
Reeditado em 07/05/2024
Código do texto: T3097916
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