SAMBA DO ALZHEIMER
Minha mania de ser tão distraído
É caso sério carecendo internação
Mas só de olhar o pessoal da ambulância
Corro e me escondo por ter medo de injeção.
Esse Alzheimer entra de sola no meu samba
A saideira será sempre a que virá
Sempre esqueço do que marquei com minha nega
No meu barraco hoje o bicho vai pegar.
Da falação sei que não tenho escapatória
Pois sempre culpo o alemão do esquecimento
E assim sendo, vou repetindo a ladainha
Essa mania só traz mais aborrecimento.
A nega fala e fico mudo assobiando
De vez em quando invento até cantarolar
E o quebra pau só termina em noite alta
Quando ela dorme nos meus braços a soluçar.