SAUDADE

SAUDADE (Christiano Fagundes)

Estou saudosista, um tanto bairrista

Tenho saudade das noites cariocas sem violência

Dos antigos sambas de enredo

Em que havia mais cadência.

Tenho saudade do Rio exalando Tom,

do poeta Gonzaguinha,

que deixou “sangrando” todos os cenários musicais

Onde estão adormecendo os antigos festivais?

Guardo com açúcar e com afeto,

Feito um carcará,

O meu vinil de Nara Leão e de Luiz Gonzaga,

Inesquecível rei do baião.

Também guardo na cartola do Cartola

João Cabral, Guimarães e Noel Rosa

que fazem parte da história

de um país sem memória.

Sem Renato, ficou “russo” o rock nacional...

Está na fossa a Bossa, sem Elys...

Maluco ficou este som, sem Raul...

Quero a voz da Claridade...

o canto das três e de todas as raças...

desejo reviver o tom do Tom e do Tim

O tom do Tom e do Tim...