ESTRADA
Saiu sozinha sem rumo
Não tomou prumo nem gole de café
Foi tão cedo e tão rápido
Que o galo nem tava de pé
Agora a manhã já aquecia
O sol mandou neblina embora
Ela chora de medo ou raiva
Mas não pensa em voltar atrás
“Olha como é grande a estrada
Lá fora ninguém vai te proteger
Você não é de nada, nem nunca vai ser”
“engole esse choro bobo
Vai tomar um banho e dorme
Amanhã é mais um dia
E aqui dentro ainda chove”
Desapareceu, ninguém nunca mais viu
Será que já se foi, ou será que já sorriu
Será que se casou, ou caiu de vez no mundo
Entregue a qualquer sorte, ou qualquer outro vagabundo.