Na hora da despedida...
Tristemente, na hora da despedida,
Com emoção dá-se um beijo mais intenso,
A saudade no momento da partida,
Muito fervor com o coração suspenso…
É grande e forte a emoção sentida
Por bem querer num enlace de consenso,
Fazem-se juras p’ra sempre, para a vida,
Com muito amor, eu direi que te pertenço…
Na hora da despedida, adeus não!
Quando na alma o desejo é regressar
Com garganta apertada p’la emoção,
E as lágrimas embaciam o olhar…
Há que essa mágoa conter, pois então,
E bem crer, na esperança de acreditar,
De felicidade sentir sensação,
Dum regresso que em breve irá chegar…
António Boavida Pinheiro
Poema em hendecassílabo (11 sílabas métricas), para letra de um “fado puxavante”…