PARADOXO

Eu varo essa solidão

Transmuto do principio ao fim

Não encontro vestígios

E nem sei explicar

Vago tão completo e vazio

Paradoxo

E não muda se eu fumar mais um cigarro

Mas muda o fato ao fim de cada trago

Penso e é inútil

Reflito em vão outra vez

Tenho comigo e esse ter é me atormentar

Deixo pessoas, levo lembranças,

É tão difícil, feito um corte

Que não sangra e não para de sangrar

A culpa escorre e emana do meu olhar

Sigo, mas sinto outra vez

A incógnita está em mim não lugar

Já mudei de personalidades, roupas, nomes, e idiomas

Mas não mudo

E isso Ripley não previu e não pode me explicar

Não existi fórmula mor

Mas a verdade está no ar

Por isso varo a solidão

Transmuto do principio ao fim

E esse paradoxo vem me atormentar

Saúde a incerteza e a pseudo-segurança

Um brinde a mim e a todos os sábios-tolos

Me conjugo no uísque

Pois a culpa não sai de mim

Culpa que tenho e não tenho só de existir

Respiro ação tão rara e vulgar

A verdade está exposta e se esconde no ar

O ar que sustenta e derruba todos

Tão amigo e inimigo

E é por isso que me conjugo sem parar

Pois a resposta que eu procuro pra pergunta

Já cansei de encontrar...

Site Franklin Mano
Enviado por Site Franklin Mano em 04/06/2011
Código do texto: T3014445
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