CORDÉIS

Vou soltar meu coração

Dar asas à ilusão

Amar como só amam os menestréis

Depois eu vou tecer poema nos cordéis

Vou deixar minha esperança se iludir

Que eu não preciso mais fingir

Que tudo é como eu sempre quis

E que a paixão, enfim, não é feita de giz

Serei um jardineiro universal

Farei do mundo inteiro meu quintal

Meus dedos serão varas de condão

E nunca mais verei a solidão

Me renderei às grades do infinito

Entenderão quando ecoar meu grito

Os versos serão roupas nos varais

E os dias nunca mais serão iguais

Saulo Campos

Itabira MG

Saulo Campos
Enviado por Saulo Campos em 19/05/2011
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