CORDÉIS
Vou soltar meu coração
Dar asas à ilusão
Amar como só amam os menestréis
Depois eu vou tecer poema nos cordéis
Vou deixar minha esperança se iludir
Que eu não preciso mais fingir
Que tudo é como eu sempre quis
E que a paixão, enfim, não é feita de giz
Serei um jardineiro universal
Farei do mundo inteiro meu quintal
Meus dedos serão varas de condão
E nunca mais verei a solidão
Me renderei às grades do infinito
Entenderão quando ecoar meu grito
Os versos serão roupas nos varais
E os dias nunca mais serão iguais
Saulo Campos
Itabira MG