A PAZ NO VERDE

A PAZ NO VERDE

Quando a vida cobra e se esvai o riso,

Quando o corpo clama por descanso pleno,

Quando a alma sofre por amor distante,

Busco a paz no verde que me faz sereno.

O verde do mate, eterno confidente,

Me norteia a lida ao raiar do dia,

Pois sorvendo a seiva que me nutre a essência,

Embuçalo as penas e amanso a porfia.

Pelo descampado da invernada grande,

Num tranco sereno percorro lonjuras...

Oficio bendito, de encilhar a pampa,

E comungar com tantos o verde das planuras.

Na busca incessante de amansar saudade,

Pelas horas tantas, de solita espera,

Deixo a incerteza, a buscar destinos,

Pois teus verdes olhos ancoram quimeras.

Senda de esperança, símbolo de vida,

Fartura em seara, campo lindo em flor.

Pelos teus matizes, busco a paz nos dias,

Acalento as dores a alimento o amor,

Fabio Prates e Mauro Dias