Tão desigual
Sigo o que sou
Pra onde vou?
Ser ou não ser?
O que restou
Do que eu quis?
Do que passou?
Mas repare
Que a vida não é um jardim
Há o início
Erros acertos, meio e fim
Há quem diga
Que viver é esperar o além
Há quem pensa
Que amar o agora convém
Não sei dizer
O que é certo
Quem errou
Não vou jurar
Pois amanhã
Posso mudar
Quero saber
Quero poder
Quero deixar
Abandonar
Crer duvidar
Seguir assim
Nos versos
E reversos que levam ao fim
Tudo é nada
E a vida se espalha
Não acaba
Tudo se renova afinal
Nada pára
Tudo é sempre tão desigual