Nada Me Assusta Mais

Não há atualmente nada que me deixe em pânico.

Já vi de tudo, no mundo, mas há um engano, entro pelo cano.

As atrocidades se repetem, invertem, mas acontecem.

Mudam os criminosos, mudam as vítimas, outros crimes se sucedem.

Um vai e vem de barbáries, enganos e traições.

Nada me assusta mais, pais mortos por filhas, quadrilhas.

Criança no crime, esperança em decline.

“Nada pode ser feito não há mais jeito”, é o que escuto, mas rejeito.

Ainda tenho fé no que não dá mais pé, ou nunca deu, estamos no apogeu.

Não há mais luz no fim do túnel, alguém falou que a luz é o trem, não lembro quem.

Atualmente se forem colocar todas as notícias ruins, o jornal não terá fim, nem a imprensa escrita nem a falada, não caberá mais nada.

Viramos escravos da nossa própria vida, ardida, envolvida.

Dividida em pedaços, ao passo que só nos resta nos entreter com programas alegres na TV.

Ou curtimos o que nos restou, a sobra que sobrou há tempos, e não tivemos coragem de assumir.

Sumir, para sempre, deve ser nosso destino, extinguir uma raça na desgraça que foi plantada por nossa própria mão, armada.

Quem nunca pecou que dê a primeira pedrada.

André Anlub

Site: http://www.poeteideser.blogspot.com/

Meu Livro: Poeteideser (Poeta Hei de Ser)

Contato: andreanlub@hotmail.com