Nada a ver.

O azul do infinito

Um pastél de palmito

O teu sorriso bonito

E um beijo imaginário

Eu nunca desisto

Quem sabe eu conquisto

Teu meigo veredito

Num coerente comentário.

A lagarta na roseira

A guria mais faceira

Uma lua cheia altaneira

A industria farmáceutica

Uma aversão a bobeira

E essa vida rotineira

Dessa alma cancioneira

A massagem terápeutica.

Eu jamais vou dizer

O que alguem deve fazer

E nem pretendo saber

De cometría ou estética

O que me importa é escrever

E o resto nada a ver

Eu só quero que possa valer

As regras da ética.

Não me assusta a censura

Ou o que alguem procura

O amargor e a doçura

Eu faço vir a tona

Pode até me faltar ternura

Mas nunca insiro frescura

Nos dois casos a cura

É o tanto que impressiona.

Pedro Nogueira
Enviado por Pedro Nogueira em 18/03/2011
Código do texto: T2856487
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