Morfina

Estrangula minha veia, faz da insônia minha cadeia, sopra o castelo de areia

Extermina um falso alivio, me afoga em tua saliva até que o tronco nos divida

Bailarina dança com minha convulsão, amortece o coração, abre o ultimo botão

Numa Esquina, se alimenta do meu vomito, um dilatado 0lhar atônito, tão trágico e cômico

Libertina transa com minha ilusão lambe inteira a solidão nem o diabo pisa o pão

Corrosiva anestesia feminina, sem sorriso e colombina, um parasita me domina

Morfina, morfina, morfina

Morfina, morfina, morfina

Divina sempre ouve minha prece, ansiedade desconhece, a coragem adormece

Alcança a teu olhar o horizonte sem saber quem ,quando ,onde, e a lagrima se esconde

Serpentina hoje a festa e com fantasmas sem cor nem colo é tudo cinza

Latina de balanço contorcido, teu suor é aditivo, pro meu medo reprimido,

Recrimina o que é conservador, fragmenta as varias formas de amor

Severina, de um lugar não descoberto, rastro areia é tudo perto,

Rebobina outra historia o mesmo filme, outra vitória o mesmo time,

Desanima aumenta dor que vem no peito, de qualquer forma, o mesmo jeito

Morfina, morfina, morfina

Morfina, morfina. Morfina

(Odair Dias)

Odair Dias
Enviado por Odair Dias em 11/03/2011
Reeditado em 10/08/2011
Código do texto: T2841354