Olhos de cão
Olha aquele homem
Com olhos de cão
Pupilas dilatadas
Efeito da poção
Não sabe onde vai, o seu caminho e incerto
Esta so na multidão, e a cidade e deserto
Olha aquele homem
E o destino em sua mao
O obscuro e vaidade
Qualquer rumo e contra Mao
Seu atalho e uma navalha,sacerdote dos canalhas
O beco e seu altar , pro sangue na calcada
Olha aquele homem
Não sabe o que e o amor
E o rei das prostitutas
No travesseiro guarda a dor
Ele chora escondido, seu verbo indefinido
Seu cavalo de troia , seu carma de bandido
Olha aquele homem
Que dissipa na noite
Traz no corpo e na alma
O corte fundo do acoite
Não conheceu seus pais, cresceu num pardieiro
Entre loucos e santos, espinhos e canteiros
Olha aquele homem
Com olhos de cão
Inventa sua verdade
Mastiga ilusão
Tem mais de sete vidas, e não perdeu nenhuma
Pisa em brasas e flores, da estrada que ele ruma
Olhos de cão, nem sim nem não
Faca na Mao, sem coração
Olhos de cão, sem ilusão
Na contra mao