A lembrança vira monstro.

Chuva branda no telhado

Um coração acelerado

Vai remexendo o passado

E encontra o que não deve

Ela diante do meu olhar

Faz minha mente flutuar

O pensamento vai buscar

Tudo o que a mão escreve.

A madrugada se aproxima

Esse achado muda o clima

O rumo e o tom da rima

E sou de novo sonhador

Na estrada do desencontro

O jeito é esse e não tem outro

A lembrança vira monstro

Temido e devorador.

E o chicote da saudade

Sem nenhuma piedade

Invade a privacidade

De um coração amoroso

Que no seu silencio grita

Bate mais forte e se agita

Por uma moça bonita

Olhar de mel pretencioso.

Pedro Nogueira
Enviado por Pedro Nogueira em 03/03/2011
Código do texto: T2826772
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2011. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.