Saudades
Eu mendigo o dia que meu olhar viu o seu
Minudencio cada instante do teu olhar nos olhos meus
Me reacalmo na tua voz, no cheiro teu
Que ficaram tatuados na memória
Na essência do meu eu
E devoro com saudades
Tudo que aconteceu
Sinto sede da primeira noite
Que meu corpo se encontrou no teu
Por isso guardo os lençóis
E tudo que é escasso, que é seu
E me afogo na sede de ainda ter em mim
O que em ti há tempos já se perdeu
A tua alma na minha alma
Um olá, um adeus...
Volto e mendigo tudo outra vez
Nunca cansado
Escuto o DVD do Chico Buarque que outrora você me deu
E redevoro com saudades
Tudo que também não aconteceu
Sinto mais sede, e mais fome de tudo que se perdeu
Por isso guardo os lençóis
E tudo que é escasso, que é seu
E me afogo na sede de ainda ter em mim
O que em ti há tempos já se perdeu
A tua alma na minha alma
Era divino se fez ateu
E hoje jaz entre saudades e o teu amargo adeus...