PARALELAS
(Belchior)
Dentro do carro sobre o trevo,
a cem por hora o meu amor
Só tenho agora
os carinhos do motor.
E no escritório onde eu trabalho
sempre complico,
quanto mais eu multiplico
diminuí o meu amor.
Em cada luz de mercúrio
vejo a luz do teu olhar,
passas praças, viadutos.
Nem te lebras de voltar,
de voltar...
de voltar...
No Corcovado
quem abre os braços sou eu.
Copacabana, esta semana, o mar
sou eu.
E as borboletas do que fui
pousam demais
por entre as flores
do asfalto em que tu vais.
E as paralelas dos pneus
na água das ruas,
que são tuas,
estradas nuas
em que foges do que é teu.
No apartamento, oitavo andar,
abro a vidraça,
e grito quando o carro passa:
teu infinito sou eu!
Sou eu!
Sou eu!
Sou eu!
No Corcovado
quem abre os braços sou eu.
Copacabana, esta semana, o mar
sou eu.
Como é perversa a juventude
do meu coração,
que só entende o que é cruel,
o que é paixão.
(Belchior)
Dentro do carro sobre o trevo,
a cem por hora o meu amor
Só tenho agora
os carinhos do motor.
E no escritório onde eu trabalho
sempre complico,
quanto mais eu multiplico
diminuí o meu amor.
Em cada luz de mercúrio
vejo a luz do teu olhar,
passas praças, viadutos.
Nem te lebras de voltar,
de voltar...
de voltar...
No Corcovado
quem abre os braços sou eu.
Copacabana, esta semana, o mar
sou eu.
E as borboletas do que fui
pousam demais
por entre as flores
do asfalto em que tu vais.
E as paralelas dos pneus
na água das ruas,
que são tuas,
estradas nuas
em que foges do que é teu.
No apartamento, oitavo andar,
abro a vidraça,
e grito quando o carro passa:
teu infinito sou eu!
Sou eu!
Sou eu!
Sou eu!
No Corcovado
quem abre os braços sou eu.
Copacabana, esta semana, o mar
sou eu.
Como é perversa a juventude
do meu coração,
que só entende o que é cruel,
o que é paixão.