A Colina onde o Vento se Senta

Minha canoa é feita de névoa,

O mar que a enfeitiça a induz rumar

Até onde a neblina se desfaz,

Parte... e pra onde vai o barco

Cuja essência aos poucos se refaz.

Onde será a colina onde o vento se senta e conversa com as eras?

Onde está o horizonte que alimenta o meu cais.

Talvez lá, a luz seja usada para tecer

O mar em que dorme o tempo

E que os meus sonhos querem conhecer.

É... eu acho que é lá

Que está a dormir,

Num berço de brumas

A filha do fim.

As... fadas d'oceano sopram estrelas em cada sonhos das ondas,

E conduzem minha vela até o ponto em que o céu beija o mar.

Os desenhos feitos por meu barco

Quando sigo velejando na crista do mar,

Viram cicatrizes que trago na'lma

E um sorriso órfão procurando um lar.

Ah... em que céu está o meu lugar?!

Onde está a colina em que eu posso me sentar

E conversar com o vento e adormecer com as eras.

Denilson Rocha
Enviado por Denilson Rocha em 22/02/2011
Reeditado em 22/02/2011
Código do texto: T2807982
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