CARVOEIRO
CARVOEIRO
De manhãzinha, em janeiro,
vai carregando "paneiros",
cestos cheios de carvão.
rong ring rong
Caminha pelas estradas
co'o carrinho abarrotado,
oferecendo carvão.
rong ring rong
E segue sempre sozinho
percorrendo mil caminhos,
o carro fazendo um som:
rong ring rong
Meio-dia, o sol a pino
vai queimando a amplidão.
Passado virou fumaça
e o Presente ainda não.
Lembrança-cinza reluz
num poeta coração
e os olhos do homem-menino
são como puro carvão.
rong ring rong
CARVOEEEEIIIIRO, ôôô...
carvoeeeiiiro !
"NATO" AZEVEDO
(OBS.: adaptação do poema
CARVOEIRO, do poeta e
prof. PAULO NUNES (Belém/PA)