Cada olhar tem um brilho.
Os jardins são mais vivos
E os pardais mais festivos
Lá no meu belo interior
Parece ter alma as flores
Nas ruas menos motores
E sobra paz e tem mais amor.
Lá mora a simplicidade
E a receita da felicidade
Que todo ser precisa
Lá o povo se cumprimenta
Senta na praça e comenta
Sobre a lua cheia e a brisa.
Ainda existe o fogão a lenha
E todo povo se empenha
Só em cultivar a amizade
Na cerca tem um pé de marmota
E o povo sentado na porta
Deixa mais autentica a cidade.
Lá ainda se ouve um bom dia
E faz parte do dia a dia
A serenidade e a calma
Lá a gente come broa de milho
E em cada olhar tem um brilho
Que certamente vem da alma.