Dividido be
Entre o Sol e a Lua,
Entre o dia e a noite,
Entre o raio e o trovão,
Entre o inverno e o verão.
Entre o céu e a terra,
Entre o rio e o mar,
Entre o campo e a cidade,
Entre a chuva e o orvalho.
Entre a manhã e a tarde,
Entre o tudo e o nada,
Entre o grito e a palavra,
Entre o destino e a jornada.
Entre os nervos e a calma,
Entre o corpo e a alma,
Entre os lençóis e a cama.
Entre o choro e a lágrima,
Entre a nuvem e a água,
Entre a vida e a caminhada,
Entre o quintal e a morada,
Entre o caminho e a estrada.
Entre o vai e o vem,
Entre a estação e o trem.
Entre o tem e o não tem,
Entre o querer e o bem.
Entre o sempre e o talvez,
Entre a indecisão e a solidez,
Entre o desfeito e o que se fez,
Entre o sóbrio e a embriaguez,
Entre o som e a surdez.
Entre o cliente e o freguês,
Entre o pequeno e o burguês,
Entre a fome e a escassez.
Entre a dúvida e o talvez,
Entre a falta e a solidez,
Entre nós e vocês,
Entre eu e o que se desfez.
Entre a corda e a caçamba,
Entre doce e o amargo,
Entre o certo e o errado,
Entre o vidro e o telhado.
Entre o amor e a paixão,
Entre o sonho e a solidão,
Entre o sim e o não,
Entre teus pés e o chão.
Entre a luz e a escuridão,
Entre o beijo e a realização,
Entre o fato e a ilusão,
Entre o meu e o seu coração.
Entre a porta entre aberta,
Entre o desejo e a espera,
Entre o horizonte e a cancela,
Entre o coração que te espera.