Dividido be

Entre o Sol e a Lua,

Entre o dia e a noite,

Entre o raio e o trovão,

Entre o inverno e o verão.

Entre o céu e a terra,

Entre o rio e o mar,

Entre o campo e a cidade,

Entre a chuva e o orvalho.

Entre a manhã e a tarde,

Entre o tudo e o nada,

Entre o grito e a palavra,

Entre o destino e a jornada.

Entre os nervos e a calma,

Entre o corpo e a alma,

Entre os lençóis e a cama.

Entre o choro e a lágrima,

Entre a nuvem e a água,

Entre a vida e a caminhada,

Entre o quintal e a morada,

Entre o caminho e a estrada.

Entre o vai e o vem,

Entre a estação e o trem.

Entre o tem e o não tem,

Entre o querer e o bem.

Entre o sempre e o talvez,

Entre a indecisão e a solidez,

Entre o desfeito e o que se fez,

Entre o sóbrio e a embriaguez,

Entre o som e a surdez.

Entre o cliente e o freguês,

Entre o pequeno e o burguês,

Entre a fome e a escassez.

Entre a dúvida e o talvez,

Entre a falta e a solidez,

Entre nós e vocês,

Entre eu e o que se desfez.

Entre a corda e a caçamba,

Entre doce e o amargo,

Entre o certo e o errado,

Entre o vidro e o telhado.

Entre o amor e a paixão,

Entre o sonho e a solidão,

Entre o sim e o não,

Entre teus pés e o chão.

Entre a luz e a escuridão,

Entre o beijo e a realização,

Entre o fato e a ilusão,

Entre o meu e o seu coração.

Entre a porta entre aberta,

Entre o desejo e a espera,

Entre o horizonte e a cancela,

Entre o coração que te espera.

Renato Galvão
Enviado por Renato Galvão em 29/01/2011
Reeditado em 01/07/2018
Código do texto: T2758584
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