ALTO DA FEDERAÇÃO
Não muito longe do céu
do quinto andar na Federação
sob o véu verde da Garibaldi
os busus, os carros, a velocidade
A tarde desce na torre desde de manhã
luz no obeslisco da TV Itapuã
Não muito longe do céu,
do quinto andar na Federação
os relógios da Ademar e os de cá
não estão sincronizados
De cá vejo de cima
como um deus sem camisa e sem sandália
minha ordália, meu teste,
que a nuvem corra contra o vento
se existe algum deus me deteste
Não muito longe do céu
no quinto andar na Federação
os carros correm sob a vegetação
mas vale a avenida, corredor verde e cinza
que as linhas da palma da minha mão
Não muito longe do céu
no quinto andar da Federação
o andar do tempo, controle remoto,
logo noto que mundo não está em minhas mãos
Eu marco o tempo
pelos vãos entre os acontecimentos
A sombra das amendoeiras no asfalto
Que tato do EPUCS,
eu também amo a cidade
mas nesta tarde eu só quero admirar