Pra amainar o veneno.

Esse violeiro matuto

Conhece o braço da viola

Como códigos de um estatuto

Que o desespero consola.

Cada acorde é um afago

E uma porta de saida

Daquele gosto amargo

Que só atrapalha a vida.

A viola é irmã da lua

E a prima da sabedoria

Esncostada no peito atua

Como uma fonte de poesia.

Tem a alma bem feminina

E o seu corpo todo chora

Se a tristeza se inclina

Teimando em não ir embora.

Em noite de lua e sereno

Só a viola está comigo

Tentando amainar o veneno

Do abandono,meu inimigo.

Pedro Nogueira
Enviado por Pedro Nogueira em 16/01/2011
Código do texto: T2732780
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