Pra amainar o veneno.
Esse violeiro matuto
Conhece o braço da viola
Como códigos de um estatuto
Que o desespero consola.
Cada acorde é um afago
E uma porta de saida
Daquele gosto amargo
Que só atrapalha a vida.
A viola é irmã da lua
E a prima da sabedoria
Esncostada no peito atua
Como uma fonte de poesia.
Tem a alma bem feminina
E o seu corpo todo chora
Se a tristeza se inclina
Teimando em não ir embora.
Em noite de lua e sereno
Só a viola está comigo
Tentando amainar o veneno
Do abandono,meu inimigo.