AQUELE VELHO MUNDO
O que você quer assim? Já procurou?
É lá que fica o fim...no fim do amor...
Confusão na porta do metrô, meu bem;
Não se se me agarro ao amor ou me agacho no trem...
Confusion em New York City, neném;
Não sei se te beijo ou se corro do avião que vem...
Mamãe, até ontem, dizia que o mundo
é um lugar perigoso e gostoso também...
Tem bombas de chocolate, cachorro que late,
gente que mora no desdém...
Parafusos falta em alguns,
quem sabe até em uns que governam o mundo,
mas tem caldinho de feijão
e até quem tem coração
que bate lá no fundo...
Confusão, manchete de jornal, meu bem;
Não sei se é um vago tufão ou tempestade que vem...
Confusion em New York City, neném;
Não sei se com bucha se lava a raiva de alguém...
Ontem papai me dizia que a guerra é uma fria
em que o mundo foi entrar...
Senão o que seria do aço, do titânio,
do abraço da bomba nuclear?
Malucos tem por todo canto,
cientes de que o pranto é melhor que gargalhar...
Mas, se Deus descer um dia à Terra,
tire a cerca elétrica e a máscara de gás...
Que eu quero respirar aquele velho mundo
com Mona Lisa no altar e Caravaggio ao fundo...
Que eu quero respirar aquele velho mundo
com Einstein a entortar o tempo num segundo...
Que quero respirar aquele velho mundo
sem ver o D.N.A. em seu olhar profundo...
Confusão no código do amor;
Não sei se te trancam pra fora ou se te deixam entrar...
Confusion em New York City, my star;
Não sei se a expansão do universo ainda vai te pegar...