RETRATO GAUDÉRIO
Na lida do campo
O velho gaudério
Se espalha sozinho
Na vida de peão
Rebusca o passado
Nos tempos etéreos
E até adormece
Encostado ao galpão.
No canto da sala,
O velho retrato
Olhar bem profundo
E o relho na mão
Repassa na mente
As tropas de gado
Alguns se perdendo
Por falta de peão.
Os anos passaram
E os coxos se foram
Chegou na fazenda
O tal caminhão
Só fica na alma
Os rastros das tropas
E do velho gaudério
O retrato na mão
(Direitos reservados para o autor)