NÃO HÁ REVOLTA
quase a vida inteira
achei estar perdido
quando parei de amar
achei ter morrido
não há desculpas nem volta
não há mais culpa ou revolta
que me faça voltar atrás
não há problemas, nem desespero
não há fraquezas, nem medo
que faça de você minha paz
da fruta eu comi até as sementes
do barro eu fiquei até o pescoço
ainda espero do presente
ser melhor que meu fundo de poço
não há promessas, nem choro
que me condene a este jogo
não há loucuras, nem lodo
que me faça perder de novo
não há veneno que torna
minha alma incapaz de brotar
não há segredos, nem formas
estranhas e difíceis de amar