No siencio a poesia se revela.

Na parede umidecida da minha alma

Pode se notar a infiltração da saudade

Deteriorando a pintura da minha calma

E balançando a estrutura da serenidade.

E no piso encardido dessa fria sala

Ainda percebo resquicio do rastro dela

Fico todo gelado e o coração se cala

E no silencio a poesia se revela.

Chego ouvir a vóz de quem foi a rainha

Desse recinto,hoje em ruinas e abandono

Ela partiu levando toda a paz que eu tinha

E por isso ninguem vai substituir o seu trono.

Peço desculpas aos fantasmas do meu medo

Que se divertem na parede umida e deteriorada.

Meu olhar vasculha labirintos envoltos em segredo

Uma lagrima rolando vem me avisar que é madrugada.

Uma moldura dourada já ornou essa parede

Foto da mais bela dama que exaltou o meu viver

Sorriso cor da neblina e um lindo vestido verde

Sobre o qual eu nunca vou cansar de escrever.

Pedro Nogueira
Enviado por Pedro Nogueira em 10/12/2010
Código do texto: T2664819
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