Rastro
Sei que deixei pelo chão de concreto
Uma urbana dor a percorrer
Guetos cravados em berços de vícios
Frases surradas dos velhos comícios
Pelas esquinas vadias caminham pingentes
Atrás das loucas noviças
Da noite inocente
Pelo coração
Do meu interior
Eu destilo a dor
Sou um curumim
Alma flechada pelos belos seios
Dela Mãe D'Água
Dos rios sem norteios
Não ouço o ronco das máquinas
A me consumir
Palmeiras ali plantadas
Como se fossem em mim.