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Nascemos condenados, todos marcados

Livre arbítrio determinando o futuro

E o destino justifica os derrotados

Minha fé, sua fé, nossa fé, nada é puro

Mas onde você vai sem escolher?

Você sempre se decide sem perceber

O controle remoto nunca está na mão

É muito mais fácil culpar a evolução

Toda sua vida você foi conduzido

Induzido, sacudido, impelido e excluído

O que vale a liberdade que foi dada

Com grilhão e algema disfarçada?

Te prendendo na posição de largada

Sem chance alguma de subir a escada

E não há luta, muito menos resistência

Sempre se calando, é a conveniência

Livre arbítrio ou determinismo

No que você crê?

O que pode fazer?

Rompa o limite do pessimismo

Determinismo ou livre arbítrio

Quem é você?

O que vai fazer?

Ficar esperando ou se mexer?

Você pode se orgulhar daquilo que é.

E deve entender aquilo que pode se tornar.

Mas ninguém é culpado pelos seus fracassos.

Você faz o que quiser com aquilo que fizeram de você.

Escrever um livro, plantar uma árvore

É o que vai ficar quando tudo acabar

Ninguém vai lembrar, nem vai perguntar

Você passou por aqui e o que você fez?

Apenas deixou rastros sujos na calçada

Apenas cicatrizes em gente maltratada

Quem você foi jamais será lembrado

Não fique esperando ser contemplado

Pois o melhor prêmio nunca será dado

Tanta coisa a fazer e você aí parado

Arte, música, literatura, o que você faz?

Olha a vida passar, parado de mais

Então não reclame do lugar onde mora

Da roupa que veste, nunca nem agora

É sempre assim que as coisas acontecem

Homens em paz são aqueles que se mexem

Domagrão
Enviado por Domagrão em 30/10/2010
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