Selva de cimento.
Mamãe estou debruçado
Na janela do apartamento
Apreciando o movimento
As onze e meia da noite
Estou muito chateado
Tenho um coração em brasa
É grande a saudade de casa
Essa lembrança é um açoite.
Vou te falar um pouquinho
Sobre essa cidade enorme
Mamãe aqui ninguem dorme
E tudo é só pressa e correria
Sinto falta do teu carinho
Eita que gente mais agitada
Que não tem tempo pra nada
Nem mesmo pra um bom dia.
Enlouqueçe o barulho de motores
Aqui nessa selva de cimento
Eu só procuro um discernimento
Pra loucura dessa demanda
Ai que saudade tenho das flores
Do jardim que eu cultivava
E domingo de manhã eu apreciava
O mundo da nossa varanda.
Mamãe é ai que mora a paz
De que teu filho mais precisa
Não sou um homem que visa
Essa ganancia desenfreada
Hoje me dei um tempo,olhei pra traz
E por isso que escrevi chorando
Mamãe breve teu filho ta voltando
Pou favor fique de olho na estrada.