Finitude
Quem pode entender
Quando não se pode esperar mais
Uma lágrima cai, sem sentido, sem motivo
Sobe o coração, apenas tristeza
Na boca, um sorriso forçado
Nos olhos molhados, um brilho
Nos rosto branco, apenas uma lágrima
Nas mãos inquietas, dedos frios, solitários
Os calcanhares juntos, procurando abrigo
Apenas uma paz forçada
Um ser feito pra viver, talvez sozinho
De pés no chão, de braços cruzados
Tentando entender
Como o dia passa, e nada muda
Ainda o mesmo silêncio
Mas, quem pode entender o que se esperar da vida
Não se pode fazer nada, além de sentar-se, e vê-la passar
Levando com ele mais um dia vazio.