Finitude

Quem pode entender

Quando não se pode esperar mais

Uma lágrima cai, sem sentido, sem motivo

Sobe o coração, apenas tristeza

Na boca, um sorriso forçado

Nos olhos molhados, um brilho

Nos rosto branco, apenas uma lágrima

Nas mãos inquietas, dedos frios, solitários

Os calcanhares juntos, procurando abrigo

Apenas uma paz forçada

Um ser feito pra viver, talvez sozinho

De pés no chão, de braços cruzados

Tentando entender

Como o dia passa, e nada muda

Ainda o mesmo silêncio

Mas, quem pode entender o que se esperar da vida

Não se pode fazer nada, além de sentar-se, e vê-la passar

Levando com ele mais um dia vazio.

Eduardo Mazorque
Enviado por Eduardo Mazorque em 11/09/2010
Código do texto: T2490962
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