Pobre de mim

Pobre de mim...

Que me abandono e fico feito um cão sem dono quando longe de ti

Pobre de mim...

Que carrego um riso amarelo longe de ti, longe de ti.

Longe de ti...

Eu discuto com o violão e viro as costas pro mar.

Eu me zango com o pôr do sol, dou socos no ar.

Piso as flores da estrada, ignoro a chuva, eu não sou ninguém.

Não fico de bem.

Longe de ti...

Sou a pétala do mal-me-quer, sou escuridão.

Sou a boca seca, a sede, a fome, a falta do pão

Mas com você aqui

Sou tudo aquilo que quero ser pra ti.

Sou a boca em pleno beijo.

O suor que cai do corpo na hora do amor.

O sossego do orvalho que repousa na flor.

A cura da dor.

Sou teu bem-me-quer, que bem te quer.

Te quero bem...

Te quero bem...

Rogério Nolêto
Enviado por Rogério Nolêto em 24/08/2010
Reeditado em 25/08/2010
Código do texto: T2456072
Copyright © 2010. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.