Estatuto do meu sertão.

Lá onde eu moro não tem tristeza

Porque é a beleza que predomina

Tem o sabiá e canário da terra

A lua na serra e a verde campina.

Tem ipê florido na primavera

E nada supera as lindas flores

Tem cachoeiras e as andorinhas

Muitas florzinhas de varias cores.

Tem a porteira lá na estrada

E a cavalgada no alvorecer

Muitas estrelas e a lua clara

E a beleza rara do entardecer.

Tem a siriema e a codorna

A tarde morna quando é verão

A brisa mansa balança o galho

Relva e orvalho e o ribeirão.

Lá no curral o gado muge

E o sol surge no cantar do galo

Um bezerrinho pula contente

Todo imponente relincha o cavalo.

Desse sistema eu faço parte

Uma obra de arte é o meu rincão

Sou um caipira e bem matuto

Sou o estatuto do meu sertão.

Pedro Nogueira
Enviado por Pedro Nogueira em 21/08/2010
Código do texto: T2451254
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2010. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.