Gaivotas
Quando me encontro triste
corro qual criança aflita
em busca de colo,
para a beira do mar.
Encontro gaivotas voando felizes
e eu voo com elas
sem sair do chão.
Se ainda for pouco
eu vou mais pro alto;
de lá vejo tudo
do jeito que eu quero.
Quando enfim é hora de voltar
ligo o corpo à mente,
porque ela já não sente
o que a fez voar.
Digo adeus às gaivotas;
aceno sem resposta
e volto para casa
com os pés no chão.