MURO DA VIDA - VINNICIUS CLADU

Eu sigo no beco da rua

Sigo desenhando no muro

Eu sigo no beco da rua

Sem enxergar, pois, tá escuro

Vou seguindo apertado e cantando

Pra comprar a comida e o pano

O beco é apertado e escuro

Mas, vou desenhando no muro... meu futuro!

São oito viagens por dia

Correria e endoidar

Eu subo e desço ladeira

As pernas não podem cansar

Eu desço correndo no beco

Que é pra eu não me atrasar

E volto bem tarde da noite

Pra dormir e descansar

Não posso deixar de passar

Pelos becos sem saída

Só assim vou escrever

Minha história no muro da vida.

Feira de Santana - BA, 25 de março de 2010.

Vinicius Cladu
Enviado por Vinicius Cladu em 28/07/2010
Reeditado em 29/04/2011
Código do texto: T2404050
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