MURO DA VIDA - VINNICIUS CLADU
Eu sigo no beco da rua
Sigo desenhando no muro
Eu sigo no beco da rua
Sem enxergar, pois, tá escuro
Vou seguindo apertado e cantando
Pra comprar a comida e o pano
O beco é apertado e escuro
Mas, vou desenhando no muro... meu futuro!
São oito viagens por dia
Correria e endoidar
Eu subo e desço ladeira
As pernas não podem cansar
Eu desço correndo no beco
Que é pra eu não me atrasar
E volto bem tarde da noite
Pra dormir e descansar
Não posso deixar de passar
Pelos becos sem saída
Só assim vou escrever
Minha história no muro da vida.
Feira de Santana - BA, 25 de março de 2010.