De sonho de faz meu nordeste
Se fosse um sonho tão pequenininho,
confesso até daria prá sair,
deixar esse sertão tristonho
e por caminhos tão medonhos conhecer o sul.
Na força, na vontade a gente tenta,
mas o sonho não parece tão real.
Dinheiro não se encontra na rua
como eu vou, Maria Lina, lá prá capital.
Queria conhecer os campos,
ganhar honesto dinheiro de trabalhador.
Carpir mato, vender chiclete,
qualquer coisa que eu fizer prá alegrar o meu amor.
Acho que estou meio desregulado,
desbocado, abobado com a situação.
Vou acordar prás coisas desse mundo,
sair do sono profundo e ir pro meu sertão.
1999