Outono

O outono já chegou na natureza morta

Nas flores sem poesia, com perfume tumular

Exalando tristeza, até voce voltar

Nas tardes, não tem a canção que precede o dia

Nem o crepúsculo que antecede a noite

Não tem a alegria, ficou a nostalgia

Até lhe encontrar

E pegar em suas mãos

Seguir seu caminhar

Beijar a sua boca

Sentir seu suspirar

Ah! Mas de que jeito se o destino é imperfeito

Levou voce na brisa, na noite de uma primavera

Ficando eu na espera, de um dia ao regressar

Sentir em minhas mãos, o muito do perdão

Ah! Mas é outono e o vento chora

Retalhos de ilusão, ausência, solidão

A dor inacabada de sempre lhe sonhar