Lembrança
(Por Onofre Ferreira do Prado)
Eu preciso reencontrar a minha paz,
Eu preciso libertar meu coração;
Do passado que não volta nunca mais,
Do passado só ficou uma ilusão.
Preciso entender que sempre foi assim,
Que no mundo nada dura eternamente.
Tudo nasce, tudo passa e chega ao fim,
Dura é a lembrança até a vida se ausente.
N. A. Na condição de leitor assíduo e atento dos poetas da geração romântica, notadamente os da segunda geração, reconheço que recebi deles, algumas influências na forma de escrever. Todavia, do contrário de alguns, enfatizo que, o otimismo e a alegria pela vida, sempre fizeram parte de mim. Olhando assim, os textos semelhantes a este, com os traços de tristeza, não devem ser interpretados como um sentimento de amargura da alma, do meu-eu. Tudo se deve, imaginando que a mistura do alegre com o triste possam ser essencialmente relevantes e, devem funcionar não apenas como um acicate, nem como um alimentador de almas, mas também, como forma de expressão maior dentro da poesia.