Parélio
Por trás das fundas pupilas e detalhistas retinas
Segredos claros da vida sussurram seu paladar
Seu gosto por me guiar
Temores tolos no ar
Se dispersam na imensidão
Velas, capelas e vidas, idas, voltas e vindas
Crenças, lendas e lidas por quem soube escutar
A voz que vem de dentro
À vós que vêm de dentro
Sem se aperrear
Nas casas, vales e bosques, nas respostas precoces
Nos dizeres respondes a incerteza que tens
Um pouco mais de fé
E os desejos até
Seus caminhos seguir
Em dois quartos um terço, o parélio no berço
Do meu páreo me esqueço para então me lembrar
Que o segredo da vida
Mais que uma corrida
É a força de estar
Luas, porteiras fechadas, estradas iluminadas
Pelo sol de uma noite que vem sem arrebol
Sem clarão de farol
Sem saber o que é bom
Nasce um novo aeon
Nos cabelos que voam libertados ecoam
Brados fortes revoam a liberdade no ar
Uma era de paz
Sem a guerra se faz
Pela sede de mais
Sete estrofes eu canto e ao Criador o meu canto
Pra enxugar todo o pranto, quero Lhe dedicar
Que lhes faça enxergar
Com Teu próprio olhar
Aonde querem chegar