Depós do carnaval

Eu olho as fotografias e me sinto mais frágil agora

O meu presente encarcerado no passado

E o que é que eu faço com essas horas?

Procuro um motivo, um meio, um lugar

Onde eu possa pelo menos me esquivar

Mas é inútil o mundo inteiro

E eu não encontro uma só pessoa

Tantos números, e e-mail’s na agenda, mas são à-toa

Um analista, uma prostituta, um guia espiritual

Soluções que me preenchem de um vazio mais banal

Eu já tive você, mas está tudo agora fora de lugar

Sei que não posso mais te ter, mas te levo no olhar

Eu já tive você, mas está tudo agora fora de lugar

Sei que não posso mais te ter, mas te levo no olhar

Eu olho insanamente as fotografias

O meu futuro encarcerado no passado

Não era bem o que eu queria

Eu já pensei, mas eu não sei

O que é que eu faço com essas horas

As soluções que eu sabia

Me deixaram muito mais confuso

E eu não sei o que é que eu faço (e agora?)

Mas como não enlouquecer nessa rotina

Se nem a química foi capaz, não me alivia

E a minha vida sem você, é outra vida

Que se parece com o dia depós do carnaval

Tanta alegria pra lagrimas no final

Eu já tive você, mas está tudo agora fora de lugar

Sei que não posso mais te ter, mas te levo no olhar

Eu já tive você, mas está tudo agora fora de lugar

Sei que não posso mais te ter, mas te levo no olhar...

Site Franklin Mano
Enviado por Site Franklin Mano em 01/07/2010
Código do texto: T2352775
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