Corpo-perfeito
Nada é tão amado
Quanto o coração.
O amor nele guardado
Ninguém leva não...
Puro objeto de amor
Que nem cara tem.
Não finge sentir dor
Nem mágoas também...
Se qual apaixonado
Tão lindo é no mundo.
Se tal amargurado
Sente tão profundo...
Nada deixa morrer
O que é de tão fulgor.
Tão logo faz vencer
O que é de esplendor...
Nada é de pecado
Neste cerne nada é vão.
Oh ser abençoado
É este tal de coração!
(Poeta Dolandmay)