Pronome Indefinido

Eh, entrei no trem

Mas nunca anda de trem

Mais não importa

O que, que tem eu nunca sou ninguém

Amém, entrei no trem

Tem, as vezes não tem

Mas o que, que tem, eu não fico sem

Ninguém é ninguém e fingi ser alguém

Mas o que tem,

O mundo esta de ponta a cabeça

Mas ninguém tem nada com isso

Mais tudo bem,

Me deixa ficar dopado

Pois dopado, todo mundo é alguém

Ficar dopado claro

Mais sem álcool, farinha ou erva

Pois isso no Brasil é o que mais tem

Mais o que, que tem

Se até o governador não fica sem

Mais se você é adepto a erva

Pega um trem

Vai pra São Thomé

E finja ser alguém

Lá ninguém tem, todo mundo tem

E ninguém é ninguém

E que lugar do bem

Fica alucinado esqueça o Planalto

Pois até quem trabalha lá, esqueci dele

Mais tudo bem,

Lá também ninguém é ninguém

Come mais um prato

Mais um pouco de futilidade não mata ninguém

E não liga se não é ninguém

E por fim esqueça esse pronome indefinido

Pegue um trem e vá rumo ao infinito

Mas lembre de ser alguém

Pois o mundo já esta cheio de ninguém

Felipe Vilela
Enviado por Felipe Vilela em 17/06/2010
Código do texto: T2325257
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