Pronome Indefinido
Eh, entrei no trem
Mas nunca anda de trem
Mais não importa
O que, que tem eu nunca sou ninguém
Amém, entrei no trem
Tem, as vezes não tem
Mas o que, que tem, eu não fico sem
Ninguém é ninguém e fingi ser alguém
Mas o que tem,
O mundo esta de ponta a cabeça
Mas ninguém tem nada com isso
Mais tudo bem,
Me deixa ficar dopado
Pois dopado, todo mundo é alguém
Ficar dopado claro
Mais sem álcool, farinha ou erva
Pois isso no Brasil é o que mais tem
Mais o que, que tem
Se até o governador não fica sem
Mais se você é adepto a erva
Pega um trem
Vai pra São Thomé
E finja ser alguém
Lá ninguém tem, todo mundo tem
E ninguém é ninguém
E que lugar do bem
Fica alucinado esqueça o Planalto
Pois até quem trabalha lá, esqueci dele
Mais tudo bem,
Lá também ninguém é ninguém
Come mais um prato
Mais um pouco de futilidade não mata ninguém
E não liga se não é ninguém
E por fim esqueça esse pronome indefinido
Pegue um trem e vá rumo ao infinito
Mas lembre de ser alguém
Pois o mundo já esta cheio de ninguém